quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SERMÕES LASTIMÁVEIS

Em continuidade à postagem "10 Diferentes Estilos de Sermão... O seu está aqui?", apresento mais alguns estilos de pregação que podem ser encontradas nos púlpitos tupiniquins. Se o seu estilo está relacionado aqui ou na lista anterior, não “faça beicinho”, nem queira revidar: as intenções das postagens deste blog são:

1°: apresentar minhas observações, à luz da Bíblia, sem qualquer ressentimento contra ninguém;
2°: levar os leitores à reflexão quanto à correção das práticas eclesiásticas hodiernas;
3°: descontrair um pouquinho.
Sem choro, vamos lá:
Sermão "água potável": límpido, puro e cristalino? Não. Inodoro, incolor e insípido.
Sermão "escarcéu": pregado por aqueles que acreditam que a espiritualidade do homem se mede através de decibéis. E, digo isso com tristeza no coração: muitos pensam assim... Deus não precisa de barulho para se manifestar (e.g., I Rs 19.11,12)
Sermão "chocolate com pimenta": nesse, o pregador consegue ser doce e ardido. Traz palavras de consolo e conforto num momento para, no seguinte, senta a chibata.
Sermão "Jekyll and Hide": embora o fulano possua o título (comprado?) de Doutor (em Divindade?) revela-se na verdade um monstro: sem polidez alguma, ríspido, aterrorizante. Deixa a todos de cabelo em pé, tanto por sua postura nada amigável, como pelas heresias que despeja ao microfone.
Sermão "um novo evangelho": nesse, você ouve coisas do tipo: "No céu só vai entrar crente fogo puro. Na entrada Jesus vai falar pra todos, um a um: 'Fala língua estranha aí, meu filho!' Falou, pode entrar. Se não falou, Jesus vai dizer: Ih, desce que você é frio, aqui não é seu lugar". É de doer. Sermão típico dos filhotes/clones de Malco Heresiano.
Sermão "cavalo doido": após a leitura do texto base, palavras começam a ser disparadas atabalhoadamente, em um momento com sílabas suprimidas; noutro, com vogais prolongaaaaaaaaaaaaaaaaadas, numa dicção atropelada que impede a compreensão plena.
Sermão "faltou simancol": o irmão prepara um esboço interminável e quer ir até o fim. Não se preocupa com o horário avançado, tampouco com o povo que tem que acordar cedo no dia seguinte. Não resume seu esboço e acaba por falar durante quase duas longas horas.
Sermão "Florentina, Florentina": tão perdido quanto uma azeitona em boca de banguelo, o cidadão repete a mesma fala incontáveis vezes. Anda em círculos. Sai do nada pra chegar a lugar algum.
Sermão "engatem a ré": aquele que, ao invés de servir de alimento espiritual e incentivo, tem efeito contrário: desanima o povo como que querendo vê-los andar para trás. Mormente constituído por pauladas desnecessárias, totalmente fora da direção de Deus. E o "pregador" ainda tem coragem de dizer: "sei que Deus está falando aqui hoje". Sei...
Sermão sonífero: zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz. Altamente recomendado a quem sofre de insônia.
Sermão "déjà vu": paira no ar aquela sensação de “já ouvi isso em algum lugar”. Vulgo sermão requentado.
Sermão "camarão limpo": sem pé nem cabeça.
Sermão "bilíngue": metade proferido no vernáculo, metade em línguas estranhas desnecessariamente soltas em rajadas ao microfone. Aliás, línguas estranhas ao microfone sempre são desnecessárias. Mero exibicionismo. Qualquer dúvida, leia atentamente o capítulo 14 da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios. 
Sermão "de terceiros": o camarada ouve o CD/DVD de um pregador famoso umas 15 vezes durante o dia e, à noite, repassa tudo à congregação, tintim por tintim, como se a pregação fosse dele. Até os testemunhos do famoso ele conta como se de fato tivessem acontecido com ele. É mais fácil que orar e buscar de Deus a inspiração...
Sermão "Sílvio Santos": sobejam trejeitos típicos de animador de auditório e aquele tom de voz forçado que chega a dar nojo em porco. Jesus, nosso exemplo-mor,  definitivamente, não agia assim. Tampouco, Paulo, Pedro, os demais apóstolos, os pais da Igreja, etc.
Sermão "eu não tenho nada pra dizer": solução é ficar mandando olhar para o irmão ao lado, cutucá-lo e dizer-isso-e-aquilo pra ganhar tempo. Ninguém merece!  Ao que parece,  pensam que crente é marionete para ser manipulado...
Sermão "acho que não colou": percebendo a apatia da audiência, após o culto o pobre do preletor fica perguntando pra um e pra outro: "O que você achou da palavra de hoje? Você entendeu?".
Sermão "Frankenstein": um monstro, cujo esboço é feito em cima de retalhos de vários outros já pregados, que outrora já tiveram vida. Pode também ser chamado de "colcha de retalhos". Na hora do desespero, o negócio é abrir o baú e ver se sai alguma coisa.
Sermão "faça o que eu digo, não faça o que eu faço": exemplo básico temos naqueles casos em que o presbítero (presbicho?), o pastor ou quem quer que seja, embora tenha separado da esposa (porque cansou da mesma) e casado com outra, traz pregações sobre casamento, vida a dois, paz no lar, etc. Por essas e outras nosso irmão Paulo disse "(...) subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (I Co 9.27).

Resumo da ópera: Ante esse quadro catastrófico, a Igreja brasileira grita: Socooooooooorro! 
Soli Deo Gloria
Alessandro Cristian                 

Um comentário:

  1. OLÁ JEFFERSSON
    ESSE POST É O RETRATO DOS PREGADORES TUPINIQUIM.

    RECOMENDO UM POST DO MEU BLOG, QUE REFLETE BEM ISSO.
    UM PREGADOR: TIPICAMENTE PENTECOSTAL, AQUILO QUE ELE FALA VC NÃO ENTENDE..POR ISSO DISSE QUE ELE FALAVA EM LÍNGUAS ESTRANHAS.
    O INTERPRETE: ACHEI UM VIDEO DE UM CARA QUE O IMITA.
    E SE VC NÃO ENTENDEU UM NEM O OUTRO: RECOMENDO A BRIBA EM IMAGENS.RSS
    ABRAÇOS
    http://cativosporcristo.blogspot.com/

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